English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

terça-feira, 1 de setembro de 2009

BATHORY

O Bathory foi formado no ano de 1983 pelo multi-instrumentista Quorthon e dois amigos. Inicialmente, por diversão, tocavam covers de bandas como Black Sabbath e Venom. Seus primeiros ensaios foram em uma garagem, que funcionava como oficina mecânica e tinha muitas peças de carros amontoadas em meio aos equipamentos musicais, precários na ocasião. Segundo palavras do próprio Quorthon: "O lugar era tão pequeno que se entrassem os instrumentos, os músicos tinham que sair".



A banda possuia a singularidade de ser um projeto apenas de estúdio, gravando vários álbuns durante sua atividade, porém não se apresentando em eventos ao vivo. Seu idealizador, que fez a maioria dos arranjos de guitarras, violões, vocais e efeitos de som e mixagens, dizia ter influências de música clássica (Beethoven e Wagner, em particular).

O nome Bathory é uma homenagem a Condessa Elizabeth Bathory, nascida em 1560 na Hungria. Ela tinha o costume de banhar-se em sangue de virgens, porque acreditava ser este o segredo do rejuvenescimento. Após várias suspeitas, o rei da Hungria ordenou que invadissem o castelo onde ela residia, e os soldados encontram vários cadáveres, a maior parte de jovens. Elizabeth foi julgada (a transcrição do seu julgamento existe até hoje em um museu de sua terra natal) e presa em solitária, enquanto seus cúmplices foram queimados vivos.



Em fevereiro de 84, o Bathory participa da compilação "Scandinavian Metal Attack" com as músicas "Sacrifice" e "Return of the Darkness and Evil". O trabalho obteve ótima aceitação pelo público, e a gravadora recebeu várias correspondências com elogios, fato que levou o Bathory a ser convidado para gravar um álbum completo. Oito meses depois, em outubro, a banda lança o seu primeiro álbum, "Bathory".


















Gravado e mixado na Suécia em apenas três dias, o álbum traz uma curiosidade: a capa era para ser preta e dourada, mas como o resultado teria um custo muito elevado para a época, optaram por usar o logotipo e imagem impressos em branco. Apenas 700 capas com a idéia inicial foram feitas, tornando-se hoje uma peça raríssima para os fãs. O "The Yellow Goat", como o álbum foi apelidado, pode ser encontrada por um preço entre $200 e $400.

Este álbum tornou-se um “clássico” no Black Metal, e um dos mais influentes do estilo, com riffs rápidos e que, segundo o próprio Quorthon: “Foi influenciado principalmente pelas letras do Black Sabbath e pela intensidade sonora do Motörhead. Além de me inspirar em textos dos quadrinhos da Shock (terror cômico, como Tales From the Crypt)” Ironicamente ele diz: “Não é resultado da leitura de nenhuma Bíblia Negra"...

No início de 85 a banda faz outra participação, agora em "Scandinavian Metal Attack II", com as faixas "Hades" e "War" do álbum recém-lançado. E em maio do mesmo ano é lançado o álbum "The Return", também gravado na Suécia, no Elektra Studio.


















As letras e composições desse álbum continuam Black Metal, mas percebe-se maior criatividade e originalidade que no trabalho anterior, apesar do curto espaço de tempo entre o lançamento dos dois. Em destaque as faixas “The Returno f Darkness and Evil”, “Possessed”, “Total Destruction” e "Born for Burning", que é dedicada a bruxa chamada Marrigje Ariens, nascida em 1521 e queimada pela Inquisição em 1591 na Holanda.

A participação do Bathory na coletânea "Speed Kills II", com a faixa "Possessed" do álbum "The Return", marca o ano de 86.

Em maio de 87 a banda lança "Under the Sign of the Black Mark", sendo o seu terceiro álbum na carreira e o mais agressivo de todos os seus trabalhos já
gravados.


















Nele destacam-se as músicas “Call From The Grave”, “13 Candles”, “Massacre” e “Equimanthorn”. Também podemos citar a "Woman of Dark Desires", que foi feita em memória a Elizabeth Bathory, e "Of Doom", dedicada aos fãs. Durante o período de composição desse álbum, Quorthon dizia ter escutado somente música clássica para se inspirar e criar novos arranjos, sendo talvez esse o motivo pela qual possamos notar um pouco mais de melancolia e frieza ao ouvi-lo.
No ano seguinte, o Bathory  com a faixa "Of Doom" participa da coletânea "Speed Kills III”, juntamente com as bandas Death, Onslaught e Agent Steel.




Ainda em 88, em outubro, é lançado "Blood Fire Death". Suas letras falam predominantemente das batalhas da chamada "Era Viking" da história e mitologia européia. A capa do álbum é uma pintura de 1872 de Peter Nicolai Ardbo, chamada "Asganrdsteien".

















Esse álbum é considerado por muitos Headbangers como a principal influência para o chamado Viking Metal. Em destaque os clássicos “A Fine Day to Die”, “For All Those Who Died”, “Dies Irae” e a faixa título “Blood Fire Death”.



Esse foi o único álbum do Bathory a possuir foto de divulgação com a formação da banda. Aliás, nada mais se sabia sobre os suecos Kothaar (baixista) e Vvornth (baterista), que participam desse álbum. Qualquer outra informação a respeito deles foi mantida em segredo.



Em 89 o Bathory é convidado a participar juntamente com o Exodus, Nuclear Assault, Possessed, Dark Angel e Acid Reign, da coletânea "Speed Kills IV", que trouxe nessa edição um álbum duplo. A faixa escolhida foi a "For All Those Who Died".




O Bathory assina então com a gravadora Noise Records (que já trabalhava com as bandas Running Wild, Hellhammer, Celtic Frost, Kreator, Voivod , Helloween, Destruction e Gamma Ray) no início de 90, e em abril do mesmo ano o álbum “Hammerheart” é lançado.


















A produção ficou a cargo do misterioso Boss, que voltaria a trabalhar nos próximos trabalhos da banda. E a capa é uma pintura de Sir Frank Dicksee, chamada "A Viking's Last Journey", que foi cedida pela Manchester City Art Gallery.




O estilo do Bathory segue se transformando e fica mais lento e totalmente voltado ao tema viking. Quase todas as músicas são longas e pesadas e as letras falam principalmente da vida dos guerreiros do norte e suas batalhas. “Hammerheart” marca também a produção do primeiro e até agora único vídeo clipe da banda, da faixa "One Rode to Asa Bay".






Em junho do ano seguinte a banda lança "Twilight of the Gods", que traz um som ainda mais lento, pesado e depressivo que o álbum anterior. A temática continua sendo viking e tem visível influência de música clássica. A faixa "Hammerheart", inclusive, é uma música clássica feita pelo compositor Gustav Holst, em que Quorthon trabalhou escrevendo a letra.


















As capas dos álbuns do Bathory sempre foram muito bonitas e bem trabalhadas, mas esta merece destaque. Na contra-capa há um trecho da obra “O Crepúsculo dos Ídolos” do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que fala sobre a época moderna em que as pessoas perceberão que Deus não existe, que nada poderá salvá-las, e será uma época de grande temor por não se ter onde apoiar. Será a época do "Twilight of the Gods",ou “Decadência dos Deuses”, que inspirou o nome do álbum.



Este era para ser o último trabalho da banda, pois Quorthon admitiu na ocasião ter se cansado do Bathory e entrou em crise, pois os fãs pediam para que o projeto não acabasse.


Em 91 foi gravado a compilação "Touch of Death", que levava a faixa "Blood And Iron" do álbum "Twilight Of The Gods". Este trabalho abriu caminho para uma avalanche de trabalhos remasterizados e relançados do Bathory.




Em outubro do ano seguinte é a vez da coletânea "Jubileum Volume I" trazer quinze faixas em mais de uma hora de música. Entre elas estão "Rider at the Gate of Dawn" (gravada em 87), "Crawl to your Cross" (89), "Sacrifice" (que saiu na compilação "Scandinavian Metal Attack", de 84) e "You Don't Move Me (I Don't Give a Fuck)" que não havia sido lançada em nenhum álbum.

















"Jubileum Volume II" sai em maio do ano seguinte contendo doze faixas. Algumas delas são "The Return Of The Darkness And Evil" da compilação "Scandinavian Metal Attack", "Burnin’ Leather", gravada em 87, e "Die In Fire", gravada em 83, e que também não havia sido lançada em nenhum álbum.



















Depois de três anos sem gravar, Quorthon lança dois álbuns com aproximadamente seis meses de diferença entre eles. As músicas de "Requiem", de outubro de 94, foram escritas em duas semanas e trazem um som diferente dos dois últimos álbuns, lembrando o Death Metal clássico, estilo até então não praticado pelo Bathory, e letras que voltam a tratar de ocultismo. Destaques para as composições "Crosstitution", "Pax Vobiscum", "Distinguish to Kill" e a "War Machine".

















“Octagon", de junho de 95, reafirma a de mudança em termos de composições, apresentando músicas com uma sonoridade mais Thrash que seu antecessor. Os vocais estão mais crus e não tão abafados, e as letras mudam de foco para temas como sociedade, violência e intolerância. As faixas "Immaculate Pinetreeroad #930", "Sociopath", "Grey", e a "War Supply" são as mais enérgicas do álbum, enquanto o destaque fica a cargo da faixa "Deuce", uma versão para o clássico da banda Kiss.




















O álbum seguinte, "Blood on Ice", foi lançado em abril de 96, retornando ao estilo Viking Metal. As letras na verdade se completam formando um conto, e relatam a saga de um personagem, único sobrevivente de uma vila que foi arrasada durante uma invasão, e este busca vingança contra aqueles que assassinaram seu povo. A inspiração segundo Quorthon veio dos quadrinhos “Conan – The Barbarian” e da obra "Götterdämmerung" de Richard Wagner.





Quorthon sempre foi aficionado pela obra de Wagner, além de ter confessado ser um aficcionado por história, especialmente da Era Viking, que segundo ele, “não é muito conhecida fora da Europa, daqual as pessoas têm uma idéia errada, muito por culpa de Hollywood”.
Ele começou a estudar Mitologia Escandinava e Alemã para escrever a saga de “Blood on Ice” em 87, por prazer pessoal apenas, e não havia pensado em rimas e música.

Desde aquela época, Quorthon já queria mudar o estilo musical do Bathory, mas a imprensa e os fãs ainda os chamavam de "a banda satânica da Suécia", e como ele dizia: "Isso deixava a banda confusa”. Eles ainda recebiam naquele momento cartas do mundo todo perguntando se era verdade que eles "devoravam bebês, tomavam sangue de virgens e viviam em cavernas satânicas"...



“Blood on Ice” havia sido gravado depois de “Blood Fire Death”, mas até então não havia sido lançado. Suas composições ficaram perdidas até o dia em que Quorthon as encontrou em meio as suas gravações mais antigas, trabalhando durante um mês e meio neste projeto. Ele chegou a mencionar uma mudança de direção no início dos anos 90 e recebeu várias cartas de fãs pedindo para que ele realmente realizasse o projeto. Anos depois, Quorthon disse que sentiu como se estivesse começando o Bathory de novo, e que havia se cansado de gravar álbuns “cheios de gritos de Satan e coisas do tipo".

Para acrescentar, no ano de 96 a compilação "Black Mark Attack" contava com a faixa "The Sword", do "Blood On Ice". E em 97 surge "A Black Mark Tribute", uma compilação de bandas do selo Black Mark fazendo covers de suas bandas preferidas. Em destaque temos o Bathory com "Ace Of Spades" do Motörhead, e Quorthon em gravação de seu projeto solo fazendo um cover de "God Save The Queen" dos Sex Pistols.
A segunda edição da coletânea, “Black Mark Attack Vol. II" sai em 98, com o Bathory dessa vez fazendo um cover de "War Pigs" do Black Sabbath, e Quorthon no projeto solo tocando "Sleeping", dos Beatles.

Também no ano de 98 foi lançado “Jubileum III”, última edição dessa coletânea, que conta com faixas dos álbuns anteriores “Requiem”, “Octagon” e “Blood on Ice”, além de algumas outras que não foram lançadas oficialmente, como “Satan My Master”, “In Nomine Satanas”, “Resolution Greed”,”Witchcraft” e “Genocide”.




















Em janeiro de 2001, após um longo período de espera por parte dos fãs, é lançado “Destroyer of the Worlds”, que traz composições em um estilo que mescla o peso e a temática mais madura obtida em “Twilight of the Gods”, com a técnica e a agressividade de “Hammerheart”. São 13 faixas, totalizando mais de uma hora de músicas.


















Destacando as composições "Lake of Fire", "Bleeding", "Kill Kill Kill" e a faixa título como as mais empolgantes do trabalho, sem subtrair o mérito das demais canções.
Este álbum também foi produzido pelo próprio Quorthon em Estocolmo, no estúdio The Bunker.

No ano de 2002, em novembro, foi lançado “Nordland I”. O álbum contém a mesma fórmula utilizada por Quorthon nos álbuns anteriores, ou seja, o mesmo Viking Metal que consagrou o Bathory como a precursora e uma das mais influentes bandas do estilo. Sua produção foi feita novamente pelo próprio Quorthon e por Boss, enquanto que a arte da capa ficou a cargo de Kristian Wåhlin. Em destaque as composições “Great Hall Awaits a Fallen Brother”, “Mother Earth Father Thunder”, “Vinterblot”, “Ring of Gold” e a faixa título.


 


















Já em março de 2003 é lançado “Nordland II”, contendo músicas que foram gravadas no mesmo período que seu antecessor. Inclusive encontram-se no mercado algumas cópias no formato álbum duplo, em formato LP. Sua capa também fora idealizada por Quorthon e pintada por Kristian Wåhlin, e tanto “Nordland I” e “Nordland II” tiveram versões lançadas no formato digipack. As composições “Death and Resurrection of a Northern Son”, “Flash of the Silverhammer”, “The Wheel of Sun”, “Sea Wolf”, “Blooded Shore” e “Vinland” são os destaques desse trabalho. 



















Pouco tempo após o lançamento de "Nordland II", mais precisamente no dia 3 de junho de 2004 os fãs e o Underground Mundial receberam a trágica notícia do falecimento de Quorthon, vítima de insuficiência cardíaca. Seu corpo foi encontrado em sua residência, em Estocolmo, na Suécia. A partir dessa data foram feitas várias manifestações em homenagem ao Bathory, tanto por parte dos fãs quanto por artistas e bandas cujo seus trabalhos foram influenciados pela obra de Quorthon.


Passados dois anos após a morte de Quorthon, a gravadora Black Mark Productions lança "Bathory - In Memorian of Quorthon", uma coletânea em três volumes trazendo uma seleção de músicas do Bathory e da fase solo de Quorthon, escolhidas por Boss, e o trabalho de capa ficando a cargo de Kristian Wahlin. Posteriormente o trabalho foi lançado em formato Box contendo além dos três álbuns, um poster, um livro de 174 páginas escrito pelo próprio Quorthon, contando sobre a história da banda, além de várias fotos e ainda um DVD contendo uma entrevista gravada em Londres, feita pela MTV européia na época do lançamento de Hammerheart, mais a gravação do clip de "One Road to Asa Bay".



*Biografia em construção.

Um comentário:

  1. po amigo sempre acompanhei o bathory quando começei ouvir metal em 88 - uma perda que nao tem mais jeito ningem vai fazer nunca o que quorthon fez em sua vida NO METAL ...............ETERNO BATHORY ..RENATO .BETIM

    ResponderExcluir